No
silêncio do meu quarto
em volta de mim, a sua presença.
Tento desviar o pensamento
que se firma e atormenta.
Tamborilam nervosamente meus dedos.
Preciso conter essa ansiedade ...
Consulto as horas que lentamente
numa preguiça outrora não
percebida
traz-me lembranças
do teu riso, que ecoa nesse vazio
atingindo o meu íntimo.
Trava-se então uma discórdia
entre o Eu racional e o emocional.
Nessa batalha cada um tem sua história.
Contrariando ao que sinto,
agindo quase por instinto,
escrevo o teu nome
como se tentasse justificar
essa situação embaraçosa.
Repito tentando enganar-me:
Apenas essa vez eu te ligo...
Ah!... solução difícil e penosa.
Desgovernado coração, necessita
de auxílio.
Sua imagem a mim espreita.
Que dilema atordoante me encontro.
Se te ligo ou espero que me chame.
Não resisti...Liguei...
Apenas para dizer-te, num doce
murmúrio...
Amor....
Como te amo!
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