Velha - palavra triste - coisa antiga
Culpa do tempo, em seu passar constante,
que nos apaga o viço e ainda obriga
a aceitar as rugas de um viver marcante.
Todo aquele passado, vira instante,
e o sofrimento, não foi nada amiga.
Hoje, nos olhos, falta a luz brilhante.
mas, não estão em trevas - bem se diga.
É o começo do fim, nos sendo imposto
e nas marcas do rosto, está exposto.
O que eu fui, não sou mais, bem conheço.
E embora ainda me sinta, igual criança.
não nego minha fé e a confiança.
ao ver no meu semblante - que envelheço!
Poesia publicada no Almanaque Santo Antonio de 1997
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