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De repente você
estava a minha frente,
Lindo!
Como foi mentirosa aquela fotografia
Como pode ela
acobertar toda a magia
Como nada revelou de
ti exatamente.
Ela não permitiu que
eu conhecesse o brilho
Dos teus olhos
castanhos e penetrantes
Ela negou-me a visão
dos teus movimentos
E não mensurou tua
virilidade exuberante.
Ela passou-me a imagem de uma pessoa triste
Acanhada, quase dizendo não à vida
Que mesmo assim eu olhei e amei a cada instante.
Ela não deixou-me
saber do efeito inebriante
De teus lábios se
mexendo, me beijando
Maldosa, ela
escondeu tão bem o diamante
Que eu descobri ao
vivo, assim mal acreditando.
Ela nada relatou
verdadeiramente do teu corpo
E como é gostoso
este teu corpo, como é insinuante
Um corpo viril no
qual quisera poder ficar colada
Chorando de alegria
em mil carícias alucinantes.
Sim, você mandou-me
uma fotografia mentirosa
Exceto por um
detalhe, confesso, não nego não
Ela retratou com
absoluta fidelidade
Quem de fato você
era, através de tuas mãos.
E pelas tuas mãos eu
intuí a grandeza do homem
Cuja imagem queima
agora em mim, quase a latejar
Então lanço um olhar
indulgente à enganosa fotografia
Que só por um
detalhe,
não conseguiu de
todo me enganar.
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